Estudo de las prácticas pedagógicas en el contexto de la sala de aula, con las TIC

  1. Marto Freitas de Morais, Mariana Teresa
Dirigida por:
  1. Juan Manuel Trujillo Torres Director
  2. Juan Antonio López Núñez Director

Universidad de defensa: Universidad de Granada

Fecha de defensa: 13 de junio de 2012

Tribunal:
  1. Tomás Sola Martínez Presidente
  2. Francisco Javier Hinojo Lucena Secretario
  3. José Sánchez Rodríguez Vocal
  4. Julio Ruiz Palmero Vocal
  5. Julio Cabero Almenara Vocal
Departamento:
  1. DIDÁCTICA Y ORGANIZACIÓN ESCOLAR

Tipo: Tesis

Resumen

A integração das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no ensino é reconhecida como necessária e reflexo de uma sociedade mutável e dominada pela informática. Essa mudança deverá também incluir a escola, a qual se terá de munir da suficiente capacidade de transformação dos paradigmas educativos do passado, nos quais teima em ficar ancorada. Paulatinamente, as escolas têm vindo a ser apetrechadas e os professores têm beneficiado de múltipla oferta formativa na área da informática aplicada à educação. No entanto, muitos não estão ainda alertados para as novas realidades, exigências e necessidades face às TIC. As formas de ensino livresco, expositivo e centrado no professor estão presentes no dia a dia, sendo provas evidentes da débil mudança nos processos de ensino e aprendizagem. A presente investigação consiste num estudo de caso que pretende compreender de que modo as TIC estão presentes no quotidiano de uma escola concreta, isto é, averiguar a influência das TIC, enquanto componente do currículo das diversas disciplinas, como propiciadoras do desenvolvimento de ambientes construtivistas no processo de ensino e aprendizagem. Ao ser o primeiro estudo que se realiza no âmbito do conhecimento da utilização das TIC na escola em causa, poderá tornar-se o ponto de partida para a orientação dos distintos planos de actuação educativa, visando uma ampliação e melhoria efectiva das práticas pedagógicas integradoras de tecnologias, em contexto de sala de aula, bem como constituir uma base de trabalho para uma futura auto-avaliação. Os resultados revelaram que os professores usam ainda pouco as TIC com os alunos, sendo que se destaca a utilização preferencial do processador de texto, mas com um uso, em termos de tempos lectivos, todavia baixo e que, excepção feita a essa ferramenta, a utilização de aplicações informáticas diversificadas não é uma prática comum, particularmente no que respeita à criação de ambientes comunicacionais e de intercâmbio em rede. A fraca exploração das ferramentas colaborativas poderá estar relacionada com algum desconhecimento das suas potencialidades pedagógicas. Esta escassa utilização das TIC, em contexto de sala de aula, confirma o que já foi enunciado em estudos anteriores, tanto nacionais como internacionais. Os modelos didácticos reflectidos nas actividades apresentadas pelos docentes evidenciaram bastante a prevalência da exposição e da actividade orientada por parte do professor, em que os alunos adoptam atitudes de passividade e receptividade. Nessa perspectiva, as TIC não têm contribuído significativamente para alterar as formas como se aprende ou se ensina, sendo, como muitos autores afirmam, quando se referem à utilização que é feita das TIC nas escolas, praticamente inócuas para o processo de ensino e aprendizagem. As atitudes negativas face às TIC, assim como os constrangimentos técnicos e formativos parecem condicionar fortemente a integração das tecnologias no currículo. As atitudes positivas e a importância que os professores atribuem às potencialidades das TIC foram os aspectos mais distinguíveis deste estudo, por representarem, na nossa opinião, um gerador potencial de mudanças na vida da escola estudada. As recomendações sugeridas, para uma maior integração curricular das TIC, passam, segundo referimos nas considerações finais, por dispor de um sistema em rede de intercâmbio de experiências e materiais didácticos, por mais formação específica, pela criação de regimes de assessoria e tutoria, pela dinamização, criação e divulgação de materiais e recursos disciplinares, pela potencialização de metodologias em que os alunos sejam os protagonistas do processo de ensino-aprendizagem, pela difusão de novos modelos de funcionamento e organização dos espaços TIC, bem como por uma maior definição curricular do uso das TIC a incluir nos documentos estratégicos, por assegurar a continuidade da utilização das TIC, garantindo o apetrechamento técnico e humano necessário ao seu normal funcionamento e, por fim, accionar formas de investigação e avaliação de modo a optimizar o uso curricular das TIC.